Objetivos e público alvo
O projeto visa fortalecer lideranças LGBTQIAPN+ no interior de Pernambuco, promovendo ações de enfrentamento à violência e à discriminação. Objetiva ampliar a atuação da Rede LGBT em novos municípios, monitorar políticas públicas e garantir a segurança de pessoas LGBTQIAPN+ encarceradas. O público prioritário são LGBTQIAPN+ residentes em zonas rurais e urbanas do interior pernambucano, com foco em jovens, negros e negras, e pessoas trans.
Contexto
O Brasil lidera o ranking mundial de assassinatos de pessoas trans, segundo a ONG Transgender Europe (TGEU). Em 2022, foram registrados 96 casos, representando 29% das mortes globais. A maioria das vítimas tem entre 31 e 40 anos, e 95% são mulheres trans. Apesar dos dados alarmantes, a subnotificação é alta, e muitos casos não recebem a devida atenção. Em Pernambuco, a situação é crítica: o estado é o 7º no ranking de assassinatos de travestis e transexuais, com 47 denúncias de violências físicas, psicológicas e patrimoniais recebidas pelo aplicativo RUGIDO em 2023. A falta de políticas públicas eficazes, o descumprimento da Lei Estadual 12.876/2005 (que prevê estatísticas sobre violência contra LGBTQIA+) e o sucateamento de equipamentos de apoio agravam a vulnerabilidade dessa população. O projeto busca enfrentar essa realidade, criando novos grupos de base, a divulgação do aplicativo RUGIDO para denúncias de LGBTfobia e a incidência política para o cumprimento da Lei Estadual 12.876/2005.
Sobre a Organização
A Rede LGBT do Interior de Pernambuco, fundada em 2012, é uma articulação de grupos e movimentos LGBTQIA+ do interior de Pernambuco (da Zona da Mata ao Sertão) que atua na articulação de grupos LGBTQIA+ em mais de 40 municípios pernambucanos. Promove formação política, controle social de políticas públicas e recebimento de denúncias de violência através do aplicativo RUGIDO. Integra redes como a ABGLT e o Fórum LGBT de Pernambuco, com foco no enfrentamento ao racismo, machismo e LGBTfobia.