Objetivos e público alvo
Realizar uma jornada de formação anti-punitivista e antiproibicionista para lideranças ribeirinhas e quilombolas de municípios do Marajó, visando discutir os impactos da política de drogas em seus territórios e explorar concepções alternativas de segurança que promovam a garantia de direitos.
Contexto
Em 2019, o Marajó foi destacado pela WWF como uma das áreas amazônicas mais vulneráveis devido a conflitos de terra e expansão de infraestrutura. Políticas recentes aceleraram o crescimento do agronegócio, especialmente nas culturas de arroz, abacaxi e milho, e a construção da “transmarajó” ameaça aumentar a criminalidade na região. A resposta a essas mudanças incluiu a militarização dos territórios e um aumento nas prisões provisórias, exacerbando o medo entre as lideranças comunitárias. Diante desses desafios, surge a necessidade de combater a política de segurança ineficaz e promover educação em direitos humanos nas comunidades, para reavaliar o impacto das políticas punitivas e proibicionistas nas populações locais, com foco nas juventudes negras e comunidades tradicionais.
Sobre a Organização
O Observatório do Marajó, fundado em 2020 a partir de um projeto iniciado em 2009 em Portel, dedica-se ao fortalecimento de comunidades tradicionais, ribeirinhas e quilombolas no Marajó, focando em direitos socioambientais e justiça climática. A organização analisa políticas públicas, constrói redes de colaboração e promove mobilizações para influenciar políticas regionais.
