Objetivos e público alvo
O projeto visa combater as violações de direitos humanos e trabalhistas sofridas pelas trabalhadoras domésticas, com foco no enfrentamento ao trabalho análogo à escravidão e no empoderamento de mulheres negras. O público prioritário são as trabalhadoras domésticas da Baixada Fluminense, em sua maioria mulheres negras, pobres e em situação de informalidade.
Contexto
O trabalho doméstico no Brasil é marcado por profundas desigualdades de gênero e raça, com 6 milhões de trabalhadoras, das quais 75% estão na informalidade. A pandemia agravou as violações, incluindo casos de cárcere privado, violência sexual e trabalho análogo à escravidão. Em 2023, 100 trabalhadoras domésticas foram resgatadas dessa condição. Os recursos solicitados serão utilizados para realizar rodas de conversa, oferecer atendimento psicológico e ampliar a campanha de denúncias, fortalecendo a capacidade de ação do sindicato.
Sobre a Organização
O Sindicato dos Trabalhadores e Empregados Domésticos da Baixada Fluminense foi fundado por e para trabalhadoras domésticas, com diretoras eleitas em assembleia geral. A organização integra redes como a FENATRAD, a Confederação Latino-Americana e do Caribe das Trabalhadoras Domésticas (CONLACTRAHO) e o Movimento Negro Unificado. Em 2023, a presidenta do sindicato participou de audiências públicas na Corte Interamericana de Direitos Humanos, denunciando abusos contra as trabalhadoras domésticas no Brasil.